sexta-feira, 28 de abril de 2017

A SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL


A Segunda Revolução Industrial nasceu com o progresso científico e tecnológico ocorrido na Inglaterra, França e Estados Unidos, por volta da segunda metade do século XIX.

A base dessa segunda fase industrial foram duas novas fontes de energia: a eletricidade e o petróleo, cujo emprego maciço deu-se no século XX. Além das indústrias tradicionais (têxtil, de carvão), que continuaram em expansão, o uso de novas fontes energéticas propiciou o desenvolvimento de três outros setores industriais: elétrico, químico e siderúrgico.

Ø  A indústria elétrica revolucionou a iluminação (a lâmpada elétrica, grande descoberta de Thomas Edison, substituiu a iluminação a gás), o transporte (trem elétrico, metrô, ônibus elétrico) e as telecomunicações (telégrafo, telefone, rádio).

Ø  A indústria química ganhou grande impulso com a criação de fertilizantes, produtos sintéticos (tintas e corantes artificiais), explosivos e produtos farmacêuticos.

Ø  No setor siderúrgico houve notável progresso com a invenção do forno Bessemer, capaz de produzir enormes quantidades de aço a baixos preços. O aço foi responsável pelo grande desenvolvimento na indústria naval e na de armamentos, assim como na arquitetura e na engenharia. Além disso, desenvolveu-se a indústria de outros metais e ligas (cobre, alumínio, níquel e zinco).

Na busca dos maiores lucros, levou-se ao extremo a especialização do trabalho, a produção foi ampliada passando-se a produzir artigos em série, o que barateava o custo por unidade. Surgiram as linhas de montagem, esteiras rolantes por onde circulavam as partes do produto a ser montado, de modo a dinamizar o processo.
Fordismo
                                                                                                  
A indústria automobilística Ford, implantada nos Estados Unidos, foi a primeira a fazer uso das esteiras que levavam o chassi do carro a percorrer toda a fábrica. Os operários montavam os carros com as peças que chegavam em suas mãos em outra esteira. Esse método de racionalização de produção foi chamado de fordismo.

Essa forma de produção integrada as teorias do engenheiro norte americano Frederick Taylor, o taylorismo, que visava o aumento da produtividade, controlando os movimentos das máquinas e dos homens no processo de produção.

Toda essa revolução propiciou o surgimento de grandes indústrias e a geração de grandes concentrações econômicas, que formaram as holdings, trustes e cartéis.

Ø  Transportes: estradas de ferro
Com relação aos transportes, podemos ver que as novas fontes de energia e a produção do aço permitiram a concepção de meios de locomoção mais ágeis e baratos. Durante o século XIX, as estradas de ferro foram o ramo de transporte que mais cresceu. Nesse período, Estados Unidos e Europa possuíam juntos cerca de 200 mil quilômetros de trilhos construídos. Segundo outros dados, somente na década de 1860, mais de dois milhões de pessoas eram empregadas na manutenção desse único meio de transporte.


A locomotiva a vapor tornou-se um dos mais importantes meios de transporte do século XIX 


Por meio dessas inovações, as indústrias puderam alcançar lucros cada vez maiores e dinamizar o processo que se dava entre a obtenção da matéria-prima e a vendagem do produto ao consumidor final. Ao mesmo tempo, o controle mais específico sobre os gastos permitiu o cálculo preciso das margens de lucro a serem obtidas com um determinado artigo industrial. Dessa forma, o capitalismo rompia novas fronteiras e incidia diretamente na aceleração da economia mundial.

Ø  Inventos da Segunda Revolução Industrial

Entre as várias descobertas e invenções realizadas durante a Segunda Revolução Industrial estão:

  novos processos de fabricação do aço, permitindo sua utilização na construção de pontes, máquinas, edifícios, trilhos, ferramentas etc;

  desenvolvimento técnico de produção da energia elétrica;

  invenção da lâmpada incandescente;

surgimento e avanço dos meios de transporte (ampliação das ferrovias seguida das invenções do automóvel e do avião;

  invenção dos meios de comunicação (telégrafo, telefone, televisão e cinema);

  avanço da química, com a descoberta de novas substâncias; a descoberta do múltiplo aproveitamento do petróleo e seus derivados como fonte de energia e lubrificantes; o surgimento dos plásticos; desenvolvimento de armamentos como o canhão e a metralhadora; a descoberta do poder explosivo da nitroglicerina etc;

 na medicina surgiram os antibióticos, as vacinas, novos conhecimentos sobre as doenças e novas técnicas de cirurgia.

CURIOSIDADES:

Ø  Os fiandeiros de uma fábrica próxima de Manchester trabalhavam 14 horas por dia numa temperatura de 26 a 29°C, sem terem permissão de mandar buscar água para beber. 
Crianças trabalhando no campo da indústria têxtil

Ø  Surgiu uma nova classe social: a classe operária. 

Ø  Marcou também a exploração do trabalho infantil. 

Ø  Consolidou o capitalismo como sistema econômico dominante. 

Ø  Primeiro de maio foi a data escolhida na maioria dos países industrializados para comemorar o Dia do Trabalho e celebrar a figura do trabalhador. A data tem origem em uma manifestação operária por melhores condições de trabalho iniciada no dia 1º de maio de 1886, em Chicago, nos EUA. No dia 4, vários trabalhadores são mortos em conflitos com as forças policiais. Em conseqüência, a polícia prende oito anarquistas e os acusa pelos distúrbios. Quatro deles são enforcados, um suicida-se e três, posteriormente, são perdoados. Por essa razão, desde 1894, o Dia do Trabalho, nos Estados Unidos, é comemorado na primeira segunda-feira de setembro.




ü  Para melhor entendimento do assunto recomendo o seguinte vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=svFSnbWaYNE




BIBLIOGRAFIA:



Por: Gabrielly Zambe  9ºAM01

O MUNDO DEPOIS DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

A Primeira Guerra Mundial causou profundas transformações no cenário político, social e econômico mundial. Segundo algumas estimativas, os diversos confrontos ocorridos ao longo desses quatro anos foram responsáveis pela morte de cerca de oito milhões de pessoas. Além disso, cerca de 20 milhões sofreram algum tipo de seqüela em conseqüência do conflito. Paralelamente, os prejuízos econômicos trazidos aos países envolvidos foram enormes.
                   

Cerca de um terço das riquezas acumuladas pela Inglaterra e pela França foram perdidas com a Primeira Guerra. O parque industrial europeu foi quase reduzido pela metade e o potencial agrícola sofreu uma queda de 30%. A Europa deixava de ser o grande símbolo da prosperidade capitalista, estando atolada em dívidas e observando a desvalorização de suas moedas. Foi a partir de então que os Estados Unidos alcançaram a condição de grande potência.
                   
Apesar de também ter sofrido com um significativo número de baixas e gastar aproximadamente 36 bilhões de dólares, os EUA tiveram suas compensações. No ano posterior à guerra, o país triplicou suas exportações em comparação ao ano de 1913 e a renda nacional atingiu um valor duas vezes maior. Ao mesmo tempo, outras nações que não se envolveram diretamente no confronto também ganharam com a Primeira Guerra. 

                         
Os prejuízos materiais eram incalculáveis. O comércio estava praticamente a zero. Somente os países que ficaram distantes do palco da guerra, como os Estados Unidos e o Japão, conseguiram tirar proveito do comércio europeu. Também para a América Latina o conflito trouxe alguns benefícios.

Os países não-industrializados ampliaram as exportações de gêneros agrícolas e matéria-prima. Além disso, a retração econômica européia serviu para que algumas dessas nações – como o Brasil – pudessem ampliar suas atividades industriais substituindo internamente os mercados outrora controlados pelas nações européias. No Oriente, o Japão lucrou com o domínio sobre os mercados do Pacífico e no incremento de sua produção de algodão e aço.



              
No plano político, a Europa começou a sofrer uma verdadeira crise de valores. Em meio às desilusões de um continente destruído, as tendências comunistas e fascistas começaram a atrair boa parte da população. Ao mesmo tempo, tendo caráter extremamente punitivo, os tratados que deram fim à Primeira Guerra incitaram um sentimento de ódio e revanche que, algumas décadas mais tarde, prepararam o palco de uma nova guerra.

Curiosidades:

A Primeira Guerra Mundial foi o prenúncio da crise total que se abateu sobre a Europa, ao mesmo tempo em que marcou a mudança do centro das decisões para o outro lado do Atlântico. Também acirrou as contradições do capitalismo, a ponto de provocar o aparecimento de uma nova forma de sociedade: a socialista.

Não só as balas e as bombas mataram durante  os conflitos. A epidemia da chamada gripe espanhola chegou a matar muito mais do que a luta.


A guerra durou de 1914 a 1918 e, além de provocar a queda de quatro grandes impérios — o Otomano, o Russo, o Austro-Húngaro e o Alemão —, também redefiniu geopolítica mundial.

O conflito não se limitou em apenas em transformar o mapa-múndi radicalmente e em deixar um rastro de destruição e morte: como resultado da Primeira Guerra Mundial ocorreu o genocídio na Armênia, a Revolução Russa e a assinatura do Tratado de Versalhes. E como conseqüência disso tudo, o surgimento de Adolf Hitler e do nazismo, a ocorrência da Segunda Guerra Mundial e o desabrochar do mundo como conhecemos hoje.

                     

Bibliografia:




Para melhor entendimento do assunto recomendo os seguintes vídeos: 


Texto por: Mariana Escarpini - 9ºAM01

Imagens e vídeos por: Nathália Lourenço - 9ºAM01