terça-feira, 2 de maio de 2017

PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL


Nos anos que antecederam a Primeira Guerra Mundial, a Europa vivia um clima de rivalidade entre as grandes potências, que disputavam colônias na África e na Ásia, além de territórios dentro do próprio continente.
Em um período chamado de "paz armada" (1871-1914), esses países protagonizaram uma corrida armamentista que aumentava a tensão nas relações internacionais. O continente era um barril de pólvora e bastava uma faísca para que explodisse. O estopim foi um crime político.

Primeira Guerra Mundial: Trabalhadores em uma fábrica de bombas na Inglaterra (Foto: Flickr/IWM Collections)
A foto acima são dos trabalhadores da época em uma fábrica de bombas na Inglaterra.
Um dos motivos da Grande Guerra Mundial foi o assassinato
do arquiduque Francisco Ferdinando, príncipe herdeiro do Império Austro-Húngaro, e de sua mulher, Sofia.
Francisco Ferdinando e sua mulher, Sofia, deixam a Prefeitura de Sarajevo, em 28 de junho de 1914 (Foto: Reuters/JU Muzej Sarajevo)
A foto mostra Francisco Ferdinando e sua esposa, Sofia, deixando a prefeitura de Sarajevo no dia do atentado.
 Eles foram vítimas de um atentado durante uma visita a Sarajevo – ato com importante conteúdo político, pois buscava demonstrar o domínio austríaco sobre a região. 

Foto não datada mostra o arquiduque Francisco Ferdinando, em primeiro plano, e sua mulher, Sofia, ao fundo, mortos após o atentado a tiros que tirou a vida do casal em Sarajevo (Foto: AP/Arquivo Histórico de Sarajevo)
A foto acima mostra o velório do arquiduque e sua esposa.


O autor dos disparos foi Gavrilo Princip, estudante sérvio-bósnio ligado a uma organização nacionalista. Um mês depois o império Austro-Húngaro não aceitou as medidas tomadas pela Sérvia com relação ao crime que aconteceu em 28 de junho de 1914. Um mês depois, em 28 de julho, o Império Austro-Húngaro declarou guerra à Sérvia. 

O terrorista sérvio Gavrilo Princip, à direita, é preso momentos após matar a tiros Francisco Ferdinando, em Sarajevo (Foto: AP)
Prisão de Gavrilo Princip, autor dos disparos, após o atentado.

 Diante da declaração de guerra dos austríacos, os russos se mobilizam para ajudar os sérvios, seus "irmãos" eslavos dos Bálcãs. No dia 3 de agosto de 1914, a Alemanha, aliada dos austríacos, declara guerra à França.
 Por causa da política de alianças, em pouco tempo praticamente toda a Europa está envolvida no conflito. De um lado estavam os países da Tríplice Aliança (Alemanha, Itália e Império Austro-Húngaro) e, do outro, a Tríplice Entente (Reino Unido, França e Rússia).
Em maio de 1915, a Itália, que pertencia à Tríplice Aliança declara guerra ao Império Austro-Húngaro e muda de lado, indo a combate do lado da Entente, em troca da promessa de receber territórios.
Apesar de ser um conflito essencialmente europeu, a guerra envolveu os Estados Unidos e o Japão, e as colônias das potências da Europa também foram campos de batalha.
Em outubro de 1917, o Brasil declarou guerra à Alemanha pela mesma razão dos Estados Unidos: meses antes, navios mercantes brasileiros haviam sido afundados por submarinos alemães. Sua participação, porém, foi pequena e teve poucos reflexos na guerra.

A primeira fase da guerra foi marcada pela Batalha de Fronteiras. Após vencer a resistência das forças belgas, os alemães conseguiram entrar em território francês pela fronteira do país.
Em um dia, 27.000 soldados franceses foram mortos, na mais importante perda para as tropas do país. E uma das características desse conflito foi o uso de trincheiras protegidas por arames farpados. 

Primeira Guerra Mundial: soldados alemães defendem trincheira na fronteira com a Bélgica (Foto: U.S National Archives)
Soldados alemães na trincheira. 

Era em território francês que se travaram as principais batalhas da Grande Guerra. As mais devastadoras foram as de Verdun e Somme. Os exércitos da França e da Grã-Bretanha investiram contra a linha de defesa alemã na região do Rio Somme, mas não tiveram êxito. Foi o conflito mais letal da guerra, com 1,2 milhão de vítimas.

Tropas britânicas avançam durante a Batalha do Somme, em 1916 (Foto: Reuters/Archive of Modern Conflict London)
batalha do Somme, em 1916.

 
Dois anos depois, já com os Estados Unidos lutando na guerra no lado da França e da Grã-Bretanha, houve a segunda batalha do Marne, que marcou o início do recuo geral das forças alemãs. Em julho de 1918, com a ajuda dos americanos, os exércitos aliados conseguiram barrar o avanço do exército alemão, em um conflito que causou centenas de milhares de baixas em ambos os lados.
A entrada dos Estados Unidos na guerra foi determinante para o desfecho do conflito. O país decidiu declarar guerra à Alemanha, em abril de 1917, após ter navios mercantes naufragados ao serem atingidos por submarinos alemães no norte do Oceano Atlântico e também no Mediterrâneo. 

Primeira Guerra Mundial: foto de grupo de soldados americanos em material de publicidade de recrutamento (Foto: Flickr/U.S National Archives)
Soldados americanos em recrutamento.

Em 22 de abril de 1915, a Alemanha fez o primeiro grande ataque com uso de gás tóxico, que devastou as linhas inimigas na Bélgica. Os exércitos começaram a usar máscaras para se protegerem dos gases, entre eles o lacrimogêneo e o mostarda.

Soldados americanos posam com máscaras de gás no Laboratório de Desenvolvimento Químico na Filadélfia, nos EUA, em 1919 (Foto: Reuters/Archive of Modern Conflict London)
Soldados americanos usando máscaras de gás no Laboratório de Desenvolvimento Químico na Filadélfia, nos EUA, em 1919.

No contexto da Primeira Guerra começou a Revolta Árabe contra o Império Turco-Otomano, em 1916, com o apoio da Grã-Bretanha.
O movimento abriria caminho para uma nação árabe independente.

Em novembro do ano seguinte, oito meses após o czar Nicolau II abdicar, começa a Revolução Russa. Em dezembro, o país assina o armistício com a Alemanha e sai da Primeira Guerra. 
Após a Entente começar a dominar as batalhas, o Império Turco-Otomano assina o armistício em outubro de 1918. Em novembro foi a vez do Império Austro-Húngaro, seguido pela Alemanha, que assinou o cessar-fogo em 11 de novembro de 1918, dois dias após o Kaiser Guilherme II abdicar e ser proclamada a República na Alemanha. Após quatro anos, a guerra terminava com 10 milhões de mortos e 20 milhões de feridos.

Em 1919 é assinado o Tratado de Versalhes, que impôs as condições de paz – as mais duras para a Alemanha. O país perdeu todas as suas colônias, foi desarmado, teve parte de seu território ocupado militarmente e ainda precisou pagar uma pesada indenização pelos custos da guerra.

A Primeira Guerra Mundial começou em 28 de julho de 1914 e durou até 11 de novembro de 1918. Após quatro anos, a guerra terminava com 10 milhões de mortos e 20 milhões de feridos.

Estima-se que a Guerra mobilizou mais de 70 milhões de soldados dos cinco continentes e gerou custos da ordem de 180 bilhões de dólares. O conflito teve ainda 6 milhões de prisioneiros e 10 milhões de refugiados.


Tropas marcham em Londre após fim da Primeira Guerra, em 1918 (Foto: Flickr/National Library NZ)
Tropas marcham em Londres após assinatura de armistício que deu fim à guerra, em 1918.

  •  Curiosidades sobre a Primeira Guerra Mundial:
1-  Não existia máscaras eficazes contra gases tóxicos no início da guerra. A única proteção dos soldados contra-ataques com gás eram um pano, muitas vezes trapos velhos, como uma meia velha, molhados em sua própria urina.

2-  Devido à escassez de alimentos, os britânicos foram proibidos de jogar arroz nos casamentos e alimentar os pombos. Eles também foram proibidos de falar ao telefone e uma língua estrangeira, a comprar binóculos e chamar um táxi à noite.

3-  A Primeira Guerra Mundial envolveu a participação de perto de 70 milhões de soldados de 30 países espalhados pelos cinco continentes, provocando a morte de aproximadamente 10 milhões deles durante os combates — sem contar com milhões de vidas perdidas devido à fome e ao surgimento de doenças.

4-   A Primeira Guerra Mundial deu início ao desenvolvimento da cirurgia plástica, e os primeiros bancos de sangue também foram criados durante o conflito.

5-   A Grande Guerra foi o sexto conflito com o maior número de mortes na História.

6-  Todas as semanas, aproximadamente 12 milhões de cartas eram entregues aos soldados.

7-  Durante a trégua natalina, os soldados trocaram presentes, jogaram futebol e tiraram fotos juntos. Esse dia se transformou em uma das lembranças mais emotivas da Primeira Guerra Mundial, um momento no qual inimigos permitiram que a compaixão triunfasse sobre suas diferenças políticas e se criasse um breve respiro dos horrores da guerra.



BIBLIOGRAFIAS:






Para melhor entendimento do assunto recomendo o seguinte vídeo:

https://youtu.be/CfPCJkQdmFU 



Feito por: Maria Luiza Cacemiro - 9AM01
Vídeo por: Nathália Lourenço - 9AM01


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